05/07/2009

Repentinamente.

Repentinamente me envolvi.

Não havia nada que me prendesse a atenção. O ambiente era entediante, em nada me acrescentava. Até que percebi.

A intensidade do teu olhar era tamanha, que abstraí o som contagiante e as pessoas empolgadas ao meu redor. Alí só havia uma pessoa. Me aproximei, e observei seu sorriso, levemente encabulado. Retribuí.
Perguntei seu nome. Soava diferente, a conversa fluiu, e a acompanhei até seu apartamento.
Você colocou aquela música, pulsante, meio new rave, meio rockabilly, uma loucura, como o desejo que emanava de nossos corpos.
Eu me aproximei, apreensiva, e você me disse, ao pé do ouvido:
'' - Não pense, apenas sinta.''
E foi o que de fato fiz.
Meus sentidos haviam se mixado, eu já não sabia se olhava ou ouvia o seu olhar;
se sentia ou escutava as suas mãos. Era só o meu coração que ia no ritmo da música.
Era só você, envolvente, como sempre.

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